12/8
Este trecho foi curto (65mihas) e duro. Muito duro. Na saída de nosso pequeno grupo dissidente, já que alguns poucos não aguentavam mais ficar em Ilhéus e queriam aproveitar o bom vento sul dos últimos dias para velejar, deu para sentir que as coisas não seriam tão fáceis assim. Logo nos sentimos numa gigantesca máquina de lavar, com um mar desencontrado e pouco vento sul, o que obrigou-nos logo de cara a baixar as velas pois elas não se sustentavam e ficavam batendo para todo lado, o que era uma tortura. O negócio só melhorou após a altura de Itacaré, umas 30 milhas mais a frente. Ou seja, já na metade do caminho. O mar se ajeitou um pouquinho e apareceu um pouco mais de vento, o que proporcionou uma velejada com a genoa. O que não teve jeito foi a chuva, intensa durante toda a noite negra. Uma escuridão absoluta, sem estrelas, sem lua, nuvens baixas e pesadas. Apenas na chegada tivemos um refresco e uma bela visão da entrada da baía de Camamu, outro daqueles lugares que não se pode esquecer. Lugar primitivo, povoado por pescadores e pessoas muito simples, mas de uma beleza indescritível. Ancoramos ao lado de pequenas praias de areias claras cheias de coqueiros e algumas pousadas. Pequenas e exóticas embarcações passam ao nosso lado transportando todo tipo de material para os moradores da região.
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